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“Mulheres na LIDERAnça: Alcançando um futuro igual em um mundo de COVID-19″.

A ONU Mulheres anunciou o tema do Dia Internacional da Mulher, 8 de março de 2021 como “Mulheres na liderança: Alcançando um futuro igual em um mundo de COVID-19″. E como estamos alinhadas com a agenda da igualdade de gênero, decidimos trazer essa temática para o nosso primeiro simpósio. Para adquirir mais informações, acesse a página do Sympla do evento ou o nosso Instagram.


De acordo com o artigo da ONU Mulheres, "mulheres estão na linha de frente da crise da COVID-19 como profissionais de saúde, cuidadoras, inovadoras, organizadoras comunitárias e algumas das líderes nacionais mais exemplares e eficazes no combate à pandemia. A crise destacou tanto a centralidade de suas contribuições quanto os fardos desproporcionais que as mulheres carregam.


Além das persistentes barreiras sociais e sistêmicas preexistentes à participação e liderança das mulheres, novas barreiras surgiram com a pandemia de COVID-19. As mulheres estão enfrentando o aumento da violência doméstica, de tarefas de cuidado não remuneradas, desemprego e pobreza em todo o mundo. Apesar das mulheres constituírem a maioria dos trabalhadores da linha de frente, há representação desproporcional e inadequada de mulheres nos espaços nacionais e globais de políticas para a COVID-19".





Não só com a pandemia de COVID-19 assombra a mulher brasileira, mas também a pandemia de violência doméstica que, em 2020, teve um crescimento no número de casos. O confinamento causado pelas medidas de distanciamento social resultou em maior incidência de violência contra a mulher. Convivendo com o agressor 24 horas/dia até efetuar a denúncia se tornou um desafio.


Ainda hoje, em todo mundo, mulheres e crianças são vítimas de agressões físicas e psicológicas dentro do próprio lar. E é preciso entender que mesmo com os disque denúncia o amparo e acolhimento das vítimas ainda é muito precário, essas mulheres precisam ter pra onde ir após a notificação, precisam ter seguridade, acompanhamento e proteção. Infelizmente, a realidade muitas das vezes é a reincidência das agressões já que essas mulheres precisam voltar para as casa, visto que são dependentes financeiramente dos agressores.


A fim de alcançar um futuro de igualdade para as mulheres é necessário que sejam estabelecidas políticas públicas de ressocialização das vítimas, reinserção das mesmas no mercado de trabalho e proteção pós denúncia. A vida das mulheres, durante a pandemia de COVID-19, está em risco duplamente, por causa do vírus e por causa da violência doméstica.


Além disso, o cuidado com a saúde das mulheres tem piorado durante a pandemia. Com carga dupla ou tripla de trabalho, cuidado em tempo integral de filhos, sobrinhos, netos, cuidado os parentes doentes ou vítimas da COVID-19, as mulheres tem sua própria saúde e bem-estar negligenciadas.


Os grupos marginalizados socialmente são os que tem a saúde mais negligenciada. As mulheres negras, trans e pobres estão mais expostas e vulneráveis durante a pandemia. A conselheira nacional de Saúde Ana Lúcia Paduello, representante da Associação Superando o Lúpus, alertou. “Para mulheres negras o SUS muitas vezes não oferece oportunidade de acesso”. Isso porque elas, em geral, não conseguem abrir mão de suas tarefas para cuidar da própria Saúde. Segundo ela, “Já tínhamos uma demanda reprimida [na Saúde] que está se agravando com a pandemia” devido à manutenção da EC 95/2016, que congelou investimentos em Saúde até 2036, uma perda ao SUS estimada em R$ 400 bilhões, de acordo com a Comissão de Orçamento e Financiamento do CNS.



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