O “feminismo” como conceito só emergiu em 1837, quando o francês Charles Fourier usou pela primeira vez o termo “féminisme” para descrever um movimento que tinha como objetivo conquistar igualdade social, econômica e legal entre os sexos, e por um fim ao sexismo e a opressão às mulheres pelos homens.
Para entender como esse movimento surgiu, a Lidera fez uma breve pesquisa.
História do Feminismo
O sistema patriarcal nasceu no momento em que as sociedades se tornaram mais complexas, passando a exigir maior regulação. Os homens criaram instituições que reforçassem o seu poder, ao mesmo tempo em que infligiam opressão as mulheres, que eram vistas como inferiores aos homens em termos de posição cultural, social e intelectual. Esse paradigma foi reforçado pela igreja durante toda a Idade Antiga e Idade Média.
No entanto, com advento do iluminismo, no final do século XVII e início do século XVIII, e a sua ênfase ao desenvolvimento intelectual e a liberdade individual, algumas mulheres começaram a questionar publicamente as injustiças que sofriam. Embora o Iluminismo e as Revoluções Americana e Francesa pregassem ideais de igualdade e liberdade, as opiniões ficaram divididas sobre se as noções de liberdade e direito se aplicavam as mulheres da mesma forma que aos homens.
Em 1791, a revolucionária Olímpia de Gouges publicou a “Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã”, uma célebre declaração, proclamando que a mulher possuía direitos naturais idênticos aos dos homens e que, por essa razão, tinha o direito de participar, direta ou indiretamente, da formulação das leis e da política em geral. Embora tenha sido rejeitada pela Convenção, a declaração de Gouges é o símbolo mais representativo do feminismo racionalista e democrático que reivindicava igualdade política entre os gêneros masculino e feminino.
Um ano depois, em 1792, Mary Wollstonecraft publicou “A Reivindicação dos Direitos das Mulheres", um livro que chamava atenção para o fato de que a diferença entre os gêneros não ser algo natural, e sim cultural. Mary também advogava em sua obra a favor da educação igualitária.
Diante da bravura dessas pioneiras, as mulheres passaram a criar e a se juntar a sociedades femininas, que discutiam questões como os direitos da mulheres, como La Belle Assemblé, o Female Parliament, a Carlisle House Debates e o Female Congress.
Foi assim que o direito das mulheres e o papel da mulher foi ganhando espaço no debate público.
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